O preço do encaixe e o valor que você leva.
Coisa difícil é ter de se encaixar para caber numa medida que não é a nossa. Quem me acompanha sabe que eu sempre falo sobre o valor da “justa medida”.
Tudo o que arrasta a gente para a condição de “ter que” para “chegar lá” é doído.
Às vezes é preciso abrir mão de tanta coisa e fazer outras tão fora da justa medida que, sinceramente, dá vontade de desistir.
Fala menos, agora mais. Diz que sim. Melhor não. Discorda, mas o ideal seria concordar.
Grava vídeo. Um só não, no mínimo três. Mas mostra bem você. Tá com alguém? Mostra também.
Sei que não gosta, mas lembra do make, please. E não esquece das perguntas.
Mas relaxa. Normal. É o processo.
O coelho que olha a cenoura na prateleira e para não morrer de fome precisa abrir mão de ser coelho para ser girafa.
Está difícil dar certo. Pior, está difícil caber nesse formato de mundo.
Dia desses eu vi um vídeo da atriz Carolina Ferraz no feed do Léo Kaufmann do @ rh.summit falando sobre coaching de felicidade. Já ouviu falar? O mantra é: “esteja sempre feliz e tudo dará certo”. A positividade tóxica que tira da gente até o direito de ficar triste por algo triste que acontece.
Felicidade vende, euforia também. Isso em parte justifica a epidemia do “dogs and ponies”.
No café ontem à tarde ouvi isso: “se você tem medo de mudar é porque foca no que tem a perder, em vez do que tem a ganhar”. Pensei alto, pronto, resolvido o problema.
Mas mudar para que mesmo?
E isso importa? Você não quer “chegar lá”?
Chegar lá eu quero, mas e o preço a pagar?
Lembra da fábula da raposa e das uvas? Talvez por isso tenho visto tanta raposa dizendo que as uvas estão verdes. A raposa tenta, sem sucesso, comer o cacho de uvas pendurado no alto e sem conseguir alcançar, se afasta, dizendo que as uvas estavam verdes.
Como diria a querida Eliza, “o buraco é tão grande que nem bebendo toda a água do mar enche o fundo”.
Existe um lugar onde o gomo de tangerina não precisa se espremer para encaixar na cabeça de alho?
Conquistar algo todos queremos, certo? Mas a que preço? – Difícil equilibrar a conta quando preço e valor não se harmonizam.
Você também já se sentiu assim?
Agora, onde se encaixa o “tudo me define, mas nada me confirma”?
Lembra das perguntas?
(1) Em qual aspecto da sua vida você, hoje, sente “se encaixando” para caber?
(2) O que isso diz sobre você?
(3) O que você tira de lição nesse lugar de encaixe?
Vamos compartilhar experiências sobre ter de “se encaixar” para “chegar lá”?
Eu começo.
(1) Eu sinto tendo que me encaixar quando o sentido de “interagir” e “mostrar vulnerabilidade” me exige falar das minhas reservas, mostrar meus bastidores, explorar minha intimidade. Nem sempre quero dizer onde ou com quem estou. E tudo bem se outras pessoas fazem isso se para elas é algo natural, mas para mim, não. Hoje, não mais.
(2) Sabe, pequena eu apanhava para “ser certa” e “dar certo”. Aprendi a viver por essa cartilha. Hoje, o ônus é outro, mas a sensação é muito parecida. Na minha segunda metade de vida estou aqui tentando encontrar um termo para a minha “justa medida”.
(3) A lição aprendida é que a vida tem um jeito surpreendente de colocar ao nosso lado as pessoas certas no tempo certo. Pai não desampara. O cobertor sempre chega conforme o frio. Muita gente boa no que faz e de bom coração tem chegado para me ajudar a “permanecer”, até achar a medida certa.
Na publicação anterior eu falei que se uma versão nossa muda, aquilo que construímos com ela também precisar ser transformado. Fácil? Não, mas necessário. Acreditar e fazer por onde concretizar, ajuda.
Final do jogo, uma nova partida. A sua participação aqui pode não salvar vidas, mas melhora a de quem se sente “desencaixado”.
Posso contar com você? Compartilha aqui!
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Waleska Farias
Mentora de Líderes | Estrategista de Marca Pessoal | Autora do “O Líder Integral”
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