Sustentabilidade. Como exercê-la? Eis a questão…

Sustentabilidade continua como bola da vez. Na prática o conceito de sustentabilidade configura a exploração dos recursos atuais do planeta sem comprometimento do equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas. Mas a sustentabilidade não pode ser exercida apenas como estratégia pontual no sentido de angariar simpatia e atenção da mídia.

A aplicação de práticas sustentáveis ilustra um modo de vida o qual se reproduzido com consistência oferece em troca a garantia da continuidade dos recursos e das espécies.

A adoção de ações sustentáveis é o único meio de garantir em médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, principalmente a humana, quando da preservação dos recursos naturais essenciais à manutenção da qualidade de vida para as futuras gerações.

Antes de falar da sustentabilidade do planeta é fundamental que seja abordada a premissa básica do processo: a formação de pessoas sustentáveis. Não basta apenas que a prática de ações politicamente corretas nesse conceito sem que as pessoas construam um significado genuíno que sustente a disposição de perseverar diante dos desafios em meio ao caminho.

Aliás, não é prático andar na contramão das facilidades e reproduzir um modelo de conduta sustentável o qual nem sempre é o mais prático e menos oneroso do ponto de vista econômico, mas certamente o mais necessário.

Mas, se há um sentido maior que justifique sustentar essa conduta pode-se dizer que “o barato muitas vezes sai caro”. E é nessa esfera que surge a demanda de mudança nas organizações, cidades e países na figura de seus dirigentes os quais possam ilustrar um modelo de referência até que uma nova conduta, pela repetição de novos padrões, torne-se fisiológica e configure uma nova cultura.

A criação de atitudes políticas, empresarias, mas principalmente pessoais voltadas para o conceito do que é sustentável oferecerá um paradigma o qual responderá pela continuidade da história de modo geral. Pessoas sustentáveis sugerem uma nova consciência que por sua vez alinha discurso e atitudes sustentáveis em todos os segmentos.

Muitas pessoas deixam levar-se pela influência do padrão coletivo não sustentável. É crucial manter-se fiel ao propósito de fazer a diferença através de comportamentos sustentáveis a despeito de a grande maioria agir de forma contrária. Mais do que de críticas, as pessoas estão carentes de bons exemplos. Seja você o modelo, mesmo que de início pareça estar na contramão. Como diretriz inicial para desenvolvimento de comportamentos sustentáveis, práticas simples surtem efeito enquanto quebra de paradigma:

  • Não jogar no chão o que quer que seja (incluindo cigarro). O que não necessita ser guardado deve ser depositado como lixo seguindo as orientações da coleta seletiva.
  • Fechar a torneira enquanto estiver escovando os dentes, ensaboando o corpo ou lavando o cabelo. A torneira só deve ser aberta quando do uso direto da água. Tão simples, mas pela força do hábito, tão difícil…
  • Evitar usar sacos plásticos. Dar preferência às sacolas ecologicamente corretas. Construa hábitos sustentáveis.
  • Compreender que “excessos” configuram desperdícios: água, luz, gás, comida, bebida e qualquer comportamento que sugira medida além do que é necessário. Identificar o ponto de equilíbrio é fundamental. Tudo o que é utilizado em excesso hoje poderá fazer falta amanhã.
  • E, principalmente , ter a consciência de que “estamos todos juntos” nesse processo. Viver de forma colaborativa e construir alianças é o ponto crucial da questão. Não é porque, provavelmente, não estaremos vivos quando da falência de alguns recursos que temos o direito de praticar excessos. Essa visão tacanha coloca em risco a sustentabilidade das relações humanas e, por conseguinte a do planeta.
  • Inclusão! É imperativo que o respeito às diferenças do outro seja exercido e que suas necessidades sejam incluídas na nossa realidade para que juntos consigamos transpor obstáculos e construir um novo fim. Pratique essa ideia e torne suas relações sustentáveis.

“Molduras boas não salvam quadros ruins”, diz o ditado. Dirigentes políticos, empresários, educadores e cidadãos… É preciso que cada ser humano assuma a responsabilidade de ser a diferença que pretende ver ao seu entorno. Que atitudes consistentes façam valer o que a fala ilustra. O exemplo vai além do status e referências hierárquicas, e no tom de Umberto Eco: “Se a palavra ecoa, o exemplo retumba”. Nosso futuro depende de muitas variáveis, mas principalmente do despertar de uma nova consciência capaz de promover o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis.

Fonte Blog HSM

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