Determinados aspectos do processo de construção da marca pessoal, me fazem questionar o porquê de, em tempos digitais, profissionais incríveis, com atributos singulares, por mais que se esforcem, não conseguem ser percebidos por uma lente diferenciada.
Qualificados, comprometidos e bem-intencionados, exercendo o melhor de si, mas, incapazes de mostrar quem são e do que podem realizar, não conseguem se tornar referência nas suas áreas de atuação. E assim seguem, engrossando o vulto dos que, invisíveis aos olhos de quem os vê, mas, não os enxerga – não decolam. Tudo aparentemente a favor, mas, não acontecem.
Por que, a despeito das condições favoráveis, muitas marcas pessoais sofrem o ônus da invisibilidade? Não fosse a consideração das entrelinhas, quase um paradoxo, revelando uma equação indigesta que não fecha.
Vivemos tempos onde o ser, necessariamente, precede o acontecer e isso requer o entendimento de que uma marca para se tornar relevante exige consciência de quem é e clareza do que quer realizar como posicionamento estratégico na criação da sua evidência de valor.
A marca pessoal, quando desconectada da essência, padece a inconsistência que muitas vezes se torna um padrão. E quanto mais distante da essência, tanto maior o desafio para construir relevância.
É preciso desenvolver sutilezas. Percepção ativa, escuta interna. Olhar dentro para ajustar fora com a certeza do essencial. Conectar o ambiente externo ao chamado interno e legitimar o encaixe entre ser e fazer.
Se aproximar da justa medida, agir de modo autêntico e fazer por merecer o olhar e o lugar, sabendo que, quanto mais longe da essência, tanto maior o desafio de gerar relevância e se tornar referência.
Vigiemos!
Waleska Farias
Liderança, Carreira e Imagem