A pluralidade da mulher me revela multi e me faz plena na composição de ser todas sem jamais deixar de ser uma.
Sou, em essência, uma mulher que como tantas outras, dado o interesse genuíno pelas pessoas, decidiu priorizar, enquanto missão de vida, o desenvolvimento humano por posicionamentos mais conscientes e relações mais civilizadas. Ao estilo do que se convencionou chamar “multimulher”, respondo a várias frentes no papel de mãe, esposa, empresária e diva na busca do equilíbrio mente sã, corpo são.
Ávida por conhecimento, desafios e bons encontros, transito pelas redes sociais e avalio o custo-benefício das demandas em convergência com as necessidades e expectativas em questão. Acredito no ser humano, na evolução pela troca justa e no sucesso através da dedicação ao trabalho e lealdade ao sonho de vida, pela infindável capacidade de superação e conquista de cada um de nós.
Sou alguém que na determinação de ser feliz através de uma melhor compreensão e interação com o outro, descobre a cada dia que não só pelo bem querer, mais muito pela tolerância e condescendência à “delícia de ser o que é de cada um”, é que cada vez mais descubro no outro o melhor de mim. Nunca deixo de aproveitar as oportunidades para estar com a família e os amigos.
Seduzida pelas idiossincrasias nas relações interpessoais busco constantemente por novos aprendizados, o que me levou às esferas do coaching e da psicanálise para entender melhor algumas nuances do comportamento humano na tentativa de desvendar certas raízes subjetivas que me tragam o entendimento de determinadas reações.
Como toda mulher comprometida com o sonho, deleitei-me em brancas nuvens, mas, também, aperfeiçoei-me ao ritmo dos pesadelos. O medo muitas vezes foi quase igual ao querer, mas o norte era claro. Meu desafio era também minha maestria. Naquilo em que mais preciso aprender é onde também melhor sei fazer.
Contenções justificavam as projeções. E assim a cada dia me aproximo de quem eu sou e de quem, ainda, quero ser. Gostar de gente é o ponto de partida, acreditar é o combustível. Busquei por ajuda, encontrei ombros amigos e deparei-me com a falta de fé que estagna os sonhos e arrefece as pessoas.
De tudo que vi e senti, percebi e compreendi que nada vale à pena quando o resultado não privilegia o coletivo. Afinal, sozinha vou mais rápida, mas não vou longe. Acredito, sim, que gentileza gera gentileza e que ninguém muda o outro pela palavra, mas pela ação. Acredito tanto nisso, que nesse acreditar construí, assim, a minha realidade.
E entre tropeços e atropelos, fecho os olhos e regozijo-me por, hoje, trabalhar no cumprimento da minha missão. O sentido das minhas escolhas promove o resultado da minha realidade. Ao me dedicar a compreender os porquês – meu e do outro – liberta do julgamento, as respostas sempre vêm pelo jeito humano de ser. E assim nasce a inspiração de encarnar e discorrer sobre as angustias e deleites de ser multimarca mulher em um contínuo processo de transformação.
Ser Multimarca Mulher:
É viver mil facetas em uma mesma existência.
É sustentar a fé quando ninguém mais acredita.
É transitar na dúvida repleta de certezas.
É no profundo abismo pressentir o sopro da vida.
É ser onipresente por precisar multiplicar-se.
É ser forte no sexo frágil por não fugir à luta.
É perder-se em sonhos e encontrar-se neles.
É viver emoções nem sempre perceptíveis.
É compreender o que nem mesmo existe.
É guiar-se pelo norte de quem precisa.
É apesar de tudo dispor-se a amar.
É resignar-se no ontem e ansiar pelo amanhã.
É perdoar sem negligenciar o limite.
É saber que existe fim, mas também recomeços.
É ser várias, mas uma pela inteireza do ser.
É ser mãe, esposa, executiva e diva e sempre una.
É mesmo plural, saber ser singular.
É ser multi, mas única na condição de mulher.
Waleska Farias
Liderança, Carreira e Imagem