As empresas a cada dia se tornam mais conscientes da necessidade de rever seus modelos de gestão de pessoas, dada a disposição em investir na qualificação de seus líderes no que tange à melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho, visando diminuir os impactos de determinadas “ações gerenciais” no processo de capacitação e retenção de seus profissionais.
Espera-se dos novos gestores uma proposta de liderança compartilhada, em que as ações sejam colaborativas e estimulem o desenvolvimento por um consenso do grupo. Mudam as tendências, é imperativo que mudem também os posicionamentos. Falta um “algo mais” no jeito de ser para que as relações entre líderes e equipes tornem-se mais justas e, por consequência, produtivas.
É preciso ter consciência de que as pessoas não são compartimentadas e de que suas respostas sofrem influência direta das suas diversas percepções, pois todos têm carência de insumos emocionais e sempre esperam por um gesto empático que legitime suas necessidades e expectativas.
Depois de muitas idas e vindas e diante da realidade de uma conta que não fecha pela insistência no modelo clássico de gestão, as empresas optaram por alterar suas diretrizes e pautar uma dimensão de “pessoalidade”, enquanto recurso para criação de novos moldes que tragam um diferencial aos processos de liderança.
Na nova gestão, os líderes passam a ser avaliados também pelo compromisso com as habilidades sociais no plano de desenvolvimento de suas equipes. O lema é trabalhar objetivos colaborativos, soluções integradoras e construção de relacionamentos de confiança que imprimam qualidade às relações de trabalho. Os colaboradores são considerados parceiros e não mais subalternos.
Gestores que exercem sua autonomia apenas pelo princípio de dar ordens já não mais conquistam o respeito e apoio de suas equipes. É preciso construir alianças e liderar pelo exemplo. Afinal, “se as palavras ecoam, os exemplos retumbam.” (Umberto Eco)
Na dimensão da pessoalidade, o líder, além das competências técnicas diferenciadas, deve se destacar por suas habilidades interpessoais. Se essas habilidades não existirem, seu principal objetivo deverá ser desenvolvê-las, enquanto requisito básico para o autodesenvolvimento e desenvolvimento do grupo.
Competência, com disciplina e determinação, pode ser desenvolvida. Àqueles que buscam adequar-se às premissas da nova gestão, é imperativo que avaliem seu desempenho, considerando a percepção da empresa e de seus colaboradores. Lembrando sempre que, no conceito da liderança humanizada, o sucesso é diretamente proporcional ao esforço dirigido ao crescimento conjunto.
Via Portal HSM 11-03-2011